O CHARCO DO VEGETAL

Inumano vegetal, viajava no campo
Verdejantes pastos que encanto.
Colosso de tora, ele se forma
Guardião da floresta se conforma,

A criatura o congresso dirige, fauna e flora
Espantando os assassinos, que vem de fora.
Poderosa sequóia, não é intimidado por nada
Protegendo os animais, vítimas da caçada.

Cientista, botânico especialista
Sofreu acidente, restando pira.
Alec da carne morta, húmus renascia
Transformado num novo homem, que transcendia

Etéreo poder esse vegetal irradiava
A natureza humilde o glorificava.
Do corpo esmeralda, abundância de frutos
Abigail privilegiada, conheceu outros mundos.

Anã solar aquecia, sua monarquia
Deitado na mortalha da neblina, o gigante adormecia
Sozinho na mata, o andarilho procurava
Entre arbustos, sua amada.

O pastor do prado, híbrido meditava
Satélite fiel observa, insetos reunidos cantavam.
Oromastes, beija o musgo
Despertando do profundo.

Fora da selva, os humanos levam suas vidas
Brigando por objetivos levianos, que cobiça.
Ele não sente o flagelo do homem mortal
Na profusão da seiva, se torna imortal.

O colibri, no seu ouvido murmura
As vespas e abelhas, o procura.
O ancião do bosque sereno
Reverenciando suas filhas, ao relento.

A esperança é sua cor
As árvores cortadas, ele sente dor.
A fúria em seus olhos é de espantar
Atingido abóboda celeste, e o mar.

Sou testemunha, das suas façanhas
O coisa, pavor aguda na minha entranha.
Sua fama é conhecida em cada canto
Ele pronuncia seu nome: MONSTRO DO PÂNTANO.

Jesualdo

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